Brasileiros devem torcer pela Alemanha ou pela Espanha? Depende do que queremos. Se queremos ver uma partida técnica, bem arrumada, fria, devemos torcer pela Alemanha. Mas se queremos ver um duelo emocionante, um jogo arrebatador, devemos torcer pela Espanha.
O jogo dos alemães visto até este momento na Copa do Mundo 2010 é praticamente sem falhas. Os alemães são incansáveis. Em todos os minutos do jogo, estão atentos e ativos. Cães de guarda. Para eles, é o apito do juiz que lhes manda parar. Seguem em jogo, indiferentes ao resultado. Se ganham ou perdem, o que lhes move é um só objetivo: fazer gols. Frios e duros como um cubo de gelo, não se mostram vulneráveis a nada. É como se não fosse o título de Campeão Mundial o seu combustível. O que impulsiona os alemães é o jogo, cada partida que jogam. Golearam como nenhuma outra seleção nesta copa. Quase não erram passes. Dão aula de futebol pelas televisões mundiais. São precisos. Impressionam. Imbatíveis?
Os espanhóis são o oposto. Não o oposto exato, mas são emocionais. Muito emocionais. De frios não têm nada. Ao contrário, são esquentados. Fervem. O objetivo da Espanha é ganhar a Copa do Mundo. Para eles, é um prêmio merecido, um sonho inalcançável. Uma glória. Não entendem bem por que merecem esse título. Mas entre eles é unânime. Eles merecem. Deve ser por causa dos fãs de futebol, uma nação que torce, reza e esbraveja. Um povo que maldiz deus e o mundo por um troféu mundial. Sua equipe é bem montada. Um luxo. Os jogadores mais caros do mundo. São amigos, conhecidos e parceiros. Adoram o jogo. Jogam bonito. O problema é que gostam tanto de jogar que não enviam a bola para o gol. Mesmo de frente para o goleiro, com todas as chances, demoram a finalizar a jogada e preferem dar um passe para o companheiro, para que o amigo marque o tão divinizado gol.
O que acontece, na maioria das vezes, é que o torcedor espanhol tem que esperar, sofrer, ver seus jogadores ensanguentados, ver os chutes a gol espalmados. Até a trave faz as vezes de goleiro contra a Espanha. Já o torcedor alemão pode ir à cozinha preparar algo para comer, conversar com amigos, distrair-se durante a partida. Os seus jogadores estão em campo para ganhar. E o torcedor alemão confia em seus jogadores.
Entretanto, o futebol é plástico, escorregadio, imprevisível. É no jogo mesmo, no enfrentamento dos jogadores que é construída sua dinâmica. Não há uma seleção em si. Há seleções em jogo. O ritmo de Alemanha x Espanha será encontrado quando comece a partida, quando os onze jogadores espanhóis de estatura mediana enfrentem os altos jogadores alemães. É provável que os espanhóis tenham domínio da bola, que não permitam o contra ataque alemão, que sofram até David Villa conseguir marcar um gol. É provável também que Casillas tenha muito trabalho para defender os chutes de Klose. Será uma luta difícil. Em sentido metafórico, um duelo de gigantes.
Espanha conhece bem Alemanha. Em seu último grande embate, Espanha venceu, conseguindo ser a primeira da Eurocopa 2008. Seus times nas ligas européias se enfrentaram inúmeras vezes. Nunca foi fácil um jogo entre Bayern de Munique e Real Madrid ou Barcelona.
Esta semifinal vai ser um jogo de qualidade inquestionável. Para a imprensa espanhola, já não vale o clichê comum que imperou ao longo dos 75 anos de derrotas acumuladas em suas participações em Copa do Mundo. Eles costumavam dizer que a Espanha havia jogado como nunca, mas perdido como sempre. Já não dizem isso, pois finalmente chegaram a uma semifinal de um Mundial.
Pode ser que a Alemanha jogue como sempre e ganhe como sempre. Uma clausura para os espanhóis. Pode também acontecer de os espanhóis maravilhados gritarem em festa que os alemães jogaram como sempre e perderam como nunca.
O jogo dos alemães visto até este momento na Copa do Mundo 2010 é praticamente sem falhas. Os alemães são incansáveis. Em todos os minutos do jogo, estão atentos e ativos. Cães de guarda. Para eles, é o apito do juiz que lhes manda parar. Seguem em jogo, indiferentes ao resultado. Se ganham ou perdem, o que lhes move é um só objetivo: fazer gols. Frios e duros como um cubo de gelo, não se mostram vulneráveis a nada. É como se não fosse o título de Campeão Mundial o seu combustível. O que impulsiona os alemães é o jogo, cada partida que jogam. Golearam como nenhuma outra seleção nesta copa. Quase não erram passes. Dão aula de futebol pelas televisões mundiais. São precisos. Impressionam. Imbatíveis?
Os espanhóis são o oposto. Não o oposto exato, mas são emocionais. Muito emocionais. De frios não têm nada. Ao contrário, são esquentados. Fervem. O objetivo da Espanha é ganhar a Copa do Mundo. Para eles, é um prêmio merecido, um sonho inalcançável. Uma glória. Não entendem bem por que merecem esse título. Mas entre eles é unânime. Eles merecem. Deve ser por causa dos fãs de futebol, uma nação que torce, reza e esbraveja. Um povo que maldiz deus e o mundo por um troféu mundial. Sua equipe é bem montada. Um luxo. Os jogadores mais caros do mundo. São amigos, conhecidos e parceiros. Adoram o jogo. Jogam bonito. O problema é que gostam tanto de jogar que não enviam a bola para o gol. Mesmo de frente para o goleiro, com todas as chances, demoram a finalizar a jogada e preferem dar um passe para o companheiro, para que o amigo marque o tão divinizado gol.
O que acontece, na maioria das vezes, é que o torcedor espanhol tem que esperar, sofrer, ver seus jogadores ensanguentados, ver os chutes a gol espalmados. Até a trave faz as vezes de goleiro contra a Espanha. Já o torcedor alemão pode ir à cozinha preparar algo para comer, conversar com amigos, distrair-se durante a partida. Os seus jogadores estão em campo para ganhar. E o torcedor alemão confia em seus jogadores.
Entretanto, o futebol é plástico, escorregadio, imprevisível. É no jogo mesmo, no enfrentamento dos jogadores que é construída sua dinâmica. Não há uma seleção em si. Há seleções em jogo. O ritmo de Alemanha x Espanha será encontrado quando comece a partida, quando os onze jogadores espanhóis de estatura mediana enfrentem os altos jogadores alemães. É provável que os espanhóis tenham domínio da bola, que não permitam o contra ataque alemão, que sofram até David Villa conseguir marcar um gol. É provável também que Casillas tenha muito trabalho para defender os chutes de Klose. Será uma luta difícil. Em sentido metafórico, um duelo de gigantes.
Espanha conhece bem Alemanha. Em seu último grande embate, Espanha venceu, conseguindo ser a primeira da Eurocopa 2008. Seus times nas ligas européias se enfrentaram inúmeras vezes. Nunca foi fácil um jogo entre Bayern de Munique e Real Madrid ou Barcelona.
Esta semifinal vai ser um jogo de qualidade inquestionável. Para a imprensa espanhola, já não vale o clichê comum que imperou ao longo dos 75 anos de derrotas acumuladas em suas participações em Copa do Mundo. Eles costumavam dizer que a Espanha havia jogado como nunca, mas perdido como sempre. Já não dizem isso, pois finalmente chegaram a uma semifinal de um Mundial.
Pode ser que a Alemanha jogue como sempre e ganhe como sempre. Uma clausura para os espanhóis. Pode também acontecer de os espanhóis maravilhados gritarem em festa que os alemães jogaram como sempre e perderam como nunca.
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