lundi 14 juin 2010

Que música bonita escuto agora
É tão imensa que não me permite ser
Me invade e me desconcerta
Me tira da rota dos pensamentos vãos

Não parece bem contigo
Gosto amargo, peso mórbido
Que carrego junto a mim
Não sei por que te quero

Ainda é o vazio o oco
aquele buraco seco
esquecido e maldito
Jamais preenchido

Ela agora tem ritmo intenso
Sobe e desce, intensifica
Passeia alegre, suspende a emoção
Que bela música preenche meus sentidos

Deve ser a falta o que me irrita
O descompromisso, o riso
Parece somente aparência
Coisa asquerosa ausente

Em suas entranhas, mas...
de que entranhas estou eu a falar?
Entranhas é ser, neste não há
Lhe falta o âmago o dar

Agora parece uma valsa
Convida a dançar, é ligeira
Frenética e precisa, só me espanta
De tão pleno sentido me desperta

Não sou fortaleza
Ente poroso penetrável
Me misturo e absorvo
O frio sem vida desgraça

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