vendredi 24 septembre 2010

Arrogância

Nnnnnhhhhhhuuuuuuuummmmmmm
aaaaahhhhhhhhummmmmmmmmm
eeeeaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhh
nnnnnnnnnnnnnnhhhhhhhhhhhhhh

sim, sim, sim, tá, ok, ok
claro, certo, tá, tá, tudo ok,
tá, entendi, ok, sim, claro

Nnnnnhhhhhhuuuuuuuummmmmm
aaaaahhhhummmmmmmmmmmm
eeeeeaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhh
nnnnnnnnnnhhhhhhhhhhhhhhhhh

tá, ok, sim, tá, tudo bem, entendo,
claro, ok, tá, tá, tá, sim, ok
entendo, certo, ok, tá, tudo bem

tchau

mardi 6 juillet 2010

Calor espanhol versus frieza alemã

Brasileiros devem torcer pela Alemanha ou pela Espanha? Depende do que queremos. Se queremos ver uma partida técnica, bem arrumada, fria, devemos torcer pela Alemanha. Mas se queremos ver um duelo emocionante, um jogo arrebatador, devemos torcer pela Espanha.

O jogo dos alemães visto até este momento na Copa do Mundo 2010 é praticamente sem falhas. Os alemães são incansáveis. Em todos os minutos do jogo, estão atentos e ativos. Cães de guarda. Para eles, é o apito do juiz que lhes manda parar. Seguem em jogo, indiferentes ao resultado. Se ganham ou perdem, o que lhes move é um só objetivo: fazer gols. Frios e duros como um cubo de gelo, não se mostram vulneráveis a nada. É como se não fosse o título de Campeão Mundial o seu combustível. O que impulsiona os alemães é o jogo, cada partida que jogam. Golearam como nenhuma outra seleção nesta copa. Quase não erram passes. Dão aula de futebol pelas televisões mundiais. São precisos. Impressionam. Imbatíveis?

Os espanhóis são o oposto. Não o oposto exato, mas são emocionais. Muito emocionais. De frios não têm nada. Ao contrário, são esquentados. Fervem. O objetivo da Espanha é ganhar a Copa do Mundo. Para eles, é um prêmio merecido, um sonho inalcançável. Uma glória. Não entendem bem por que merecem esse título. Mas entre eles é unânime. Eles merecem. Deve ser por causa dos fãs de futebol, uma nação que torce, reza e esbraveja. Um povo que maldiz deus e o mundo por um troféu mundial. Sua equipe é bem montada. Um luxo. Os jogadores mais caros do mundo. São amigos, conhecidos e parceiros. Adoram o jogo. Jogam bonito. O problema é que gostam tanto de jogar que não enviam a bola para o gol. Mesmo de frente para o goleiro, com todas as chances, demoram a finalizar a jogada e preferem dar um passe para o companheiro, para que o amigo marque o tão divinizado gol.

O que acontece, na maioria das vezes, é que o torcedor espanhol tem que esperar, sofrer, ver seus jogadores ensanguentados, ver os chutes a gol espalmados. Até a trave faz as vezes de goleiro contra a Espanha. Já o torcedor alemão pode ir à cozinha preparar algo para comer, conversar com amigos, distrair-se durante a partida. Os seus jogadores estão em campo para ganhar. E o torcedor alemão confia em seus jogadores.

Entretanto, o futebol é plástico, escorregadio, imprevisível. É no jogo mesmo, no enfrentamento dos jogadores que é construída sua dinâmica. Não há uma seleção em si. Há seleções em jogo. O ritmo de Alemanha x Espanha será encontrado quando comece a partida, quando os onze jogadores espanhóis de estatura mediana enfrentem os altos jogadores alemães. É provável que os espanhóis tenham domínio da bola, que não permitam o contra ataque alemão, que sofram até David Villa conseguir marcar um gol. É provável também que Casillas tenha muito trabalho para defender os chutes de Klose. Será uma luta difícil. Em sentido metafórico, um duelo de gigantes.

Espanha conhece bem Alemanha. Em seu último grande embate, Espanha venceu, conseguindo ser a primeira da Eurocopa 2008. Seus times nas ligas européias se enfrentaram inúmeras vezes. Nunca foi fácil um jogo entre Bayern de Munique e Real Madrid ou Barcelona.

Esta semifinal vai ser um jogo de qualidade inquestionável. Para a imprensa espanhola, já não vale o clichê comum que imperou ao longo dos 75 anos de derrotas acumuladas em suas participações em Copa do Mundo. Eles costumavam dizer que a Espanha havia jogado como nunca, mas perdido como sempre. Já não dizem isso, pois finalmente chegaram a uma semifinal de um Mundial.

Pode ser que a Alemanha jogue como sempre e ganhe como sempre. Uma clausura para os espanhóis. Pode também acontecer de os espanhóis maravilhados gritarem em festa que os alemães jogaram como sempre e perderam como nunca.

lundi 14 juin 2010

Que música bonita escuto agora
É tão imensa que não me permite ser
Me invade e me desconcerta
Me tira da rota dos pensamentos vãos

Não parece bem contigo
Gosto amargo, peso mórbido
Que carrego junto a mim
Não sei por que te quero

Ainda é o vazio o oco
aquele buraco seco
esquecido e maldito
Jamais preenchido

Ela agora tem ritmo intenso
Sobe e desce, intensifica
Passeia alegre, suspende a emoção
Que bela música preenche meus sentidos

Deve ser a falta o que me irrita
O descompromisso, o riso
Parece somente aparência
Coisa asquerosa ausente

Em suas entranhas, mas...
de que entranhas estou eu a falar?
Entranhas é ser, neste não há
Lhe falta o âmago o dar

Agora parece uma valsa
Convida a dançar, é ligeira
Frenética e precisa, só me espanta
De tão pleno sentido me desperta

Não sou fortaleza
Ente poroso penetrável
Me misturo e absorvo
O frio sem vida desgraça

De Fernando Pessoa, em Cancioneiro [75]

Para onde vai a minha vida, e quem a leva?
Por que faço eu sempre o que não queria?
Que destino contínuo se passa em mim na treva?
Que parte de mim, que eu desconheço, é que me guia?

O meu destino tem um sentido e tem um jeito,
A minha vida segue uma rota e uma escala,
Mas o consciente de mim é o esboço imperfeito
Daquilo que faço e que sou; não me iguala.

Não me compreendo nem no que, compreendendo, faço.
Não atinjo o fim ao que faço pensando num fim.
É diferente do que é o prazer ou a dor que abraço.
Passo, mas comigo não passa um eu que há em mim.

Quem sou, senhor, na tua treva e no teu fumo?
Além da minha alma, que outra alma há na minha?
Porque me destes o sentimento de um rumo,
Se o rumo que busco não busco, se em mim nada caminha

Senão com um uso não meu dos meus passos, senão
Com um destino escondido de mim nos meus atos?
Para que sou consciente se a consciência é uma ilusão?
Que sou eu entre o quê e os fatos?

Fechai-me os olhos, toldai-me a vista da alma!
Ó ilusões! se eu nada sei de mim e da vida,
Ao menos goze esse nada, sem fé, mas com calma,
Ao menos durma viver, como uma praia esquecida...

jeudi 3 juin 2010

Quoi de nouveau?

Rien n'a changé depuis ton absence.
Les meubles, la vaisselle, les draps.
Le temps ne change pas d'avis.
Tout continue autour de moi.
Les rythmes, les bruits, le vent.

Rien n'a changé après ton arrivée.
Les chagrins, les doutes, la joie.
Les corps sont trop fatigués.
Quelques devoirs à accomplir.
Les repas, le bain, le repos.

Rien n'a changé depuis nos disputes.
L'orgueil, les sentiments, les pensées.
Les caractères n'ont pas évolué.
Presque les mêmes modes de vie.
Le travail, la maison, les amis.

Rien n'a changé après la paix.
Les visages, les habits, l'ambiance.
La maison ne se déguise pas.
Aucune pièce a été remodelée.
Le cœur, le ventre et l'esprit.

samedi 10 avril 2010

Fim de Caso

Clique aqui para ver o vídeo

Eu desconfio que o nosso caso está na hora de acabar
Há um adeus em cada gesto, em cada olhar
O que não temos é coragem de falar
Nós já tivemos a nossa fase de carinho apaixonado
De fazer versos, de viver sempre abraçados
Naquela base do só vou se você for
Mas de repente, fomos ficando cada dia mais sozinhos
Embora juntos cada qual tem seu caminho
E já não temos nem coragem de brigar
Tenho pensado, e Deus permita que eu esteja errada
Mas eu estou, ah eu estou desconfiada
Que o nosso caso está na hora de acabar